Os principais candidatos e seus padrinhos em Goiânia. Só Vanderlan não tem.
Entre Adriana, Vanderlan, Gayer e Mabel, só o candidato do PSD não tem padrinho com prestígio para lhe recomendar votos (Montagem Tribuna do Planalto)
Última atualização às 21:37 do dia 10 de abril de 2024
O que vai acontecer nos próximos meses com a entrada do presidente da Fieg, Sandro Mabel, no rol de pré-candidatos a prefeito em Goiânia? Ele vai crescer nas pesquisas, naturalmente, primeiro por ser uma pessoa muito conhecido tanto como político quanto como empresário e líder classista. O segundo fator impulsionador da sua pré-candidatura é o apoio da estrutura partidária formada por grandes partidos, como o União Brasil e o MDB, liderada pelo governador Ronaldo Caiado (UB), que faz o governo mais bem avaliado do País, segundo pesquisas divulgadas no começo do ano.
Com os altos índices de avaliação, a tendência é que o governador Caiado exerça forte influência no processo eleitoral, em favor do seu candidato – Sandro Mabel – anunciado há 11 dias. Esta previsão vem sendo feita por professores doutores em Ciência Política da UFG, dentre eles, Francisco Mata Machado e Denise Paiva, em reportagem do Jornal O Popular, em janeiro, antes da definição do candidato Sandro Mabel. Segundo análise dos professores, a influência de Caiado tem potencial para pelo menos levar seu candidato para o segundo turno.
Lançado há uma semana como candidato da base aliada do governo Caiado, Sandro Mabel deverá apresentar crescimento significativo nas pesquisas, já no período da pré-campanha. E ao crescer, ele certamente irá tirar votos dos atuais pré-candidatos melhor posicionados na corrida, principalmente daqueles que se situam no mesmo campo ideológico de direita e centro-direita, a exemplo do senador Vanderlan Cardoso (PSD) e o deputado Gustavo Gayer (PL), além do atual prefeito, Rogério Cruz (Solidariedade).
Na hipótese de a eleição ficar para ser decidida no segundo turno, o que é mais provável atualmente, a tendência é que a maioria dos eleitores deste segmento ideológico de direita dê os votos naquele que for classificado para disputar a segunda etapa da eleição, contra o nome mais à esquerda, que hoje é a deputada Adriana Accorsi (PT), que será apoiada pelo presidente Lula.
Trajetória de Mabel
O pré-candidato Sandro Mabel possui uma trajetória de 34 anos de militância na política partidária, que vai do seu primeiro mandato de deputado estadual (1991 – 1994), passando pela candidatura de prefeito na capital em 1992, quando foi eleito o então candidato do PT, Darci Accorsi. Na sequência, Mabel se elegeu quatro vezes para a Câmara Federal (1994, 1998, 2002 e 2006), pelos partidos PR, PFL, PMDB e PL.
Detalhe importante: o agora pré-candidato do União Brasil em Goiânia, pela segunda vez, Sandro Mabel, é dono de uma grande fortuna, fruto de suas atividades na iniciativa privada. “É dinheiro que dá para pelar porco”, como disse certa vez outro candidato a prefeito da capital, na década de 80, se referindo a um adversário também empresário e rico.
Com três concorrentes ocupando os três primeiros colocados nas pesquisas – Vanderlan Cardoso (PSD), Adriana Accorsi (PT) e Gustavo Gayer (PL), só com uma grande estrutura política e partidária, além de muito trabalho para tirar dois concorrentes da corrida para o segundo turno, Primeiro colocado, o senador Vanderlan é o único que não tem padrinho de grande prestígio, para influenciar em favor de sua eleição, ao contrário de Adriana, que é apoiada pelo presidente Lula, do seu partido; Gustavo Gayer, que tem o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro e Sandro Mabel, que conta o apoio do governador mais bem avaliado do Brasil, segundo as últimas pesquisas. No caso de Vanderlan, o senador terá de olhar para frente e para trás ao mesmo, em Adriana, Gayer Mabel para observar os movimentos dos outros três competidores e tentar as suas estratégias na eleição.
Ainda em relação ao candidato Sandro Mabel, seu maior trunfo nesta eleição, além da sua trajetória, é o apoio do governador Ronaldo Caiado, único na história a vencer duas eleições seguidas em Goiânia, para o governo estadual – em 2018 e 2022.
Quanto ao Partido dos Trabalhadores, a sigla elegeu três prefeitos nas últimas quatro décadas em Goiânia: Darci Accorsi, em 1992; Pedro Wilson, em 2.000 e Paulo Garcia, reeleito em 2012, após assumir o cargo na condição de vice, em 2010, em substituição ao titular, Iris Rezende, que se desincompatibilizou em abril daquele ano, para disputar a eleição de governador.
Mas não se pode afirmar se o partido continua com a mesma força na capital, após a operação lava jato, que causou muitos desgastes ao partido, dentre eles, ao hoje presidente Lula, que chegou a cumprir pena de prisão em Curitiba (PR), durante um ano e sete meses. Após este período, Lula foi colocado em liberdade e venceu a eleição de presidente em 2022. No entanto, em Goiás o partido foi derrotado, inclusive na capital.
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